PROJETO EQUIPE JOVENS ATLETAS BRASILEIROS DE SURF: nº 71000.077872/2022-28
Lei Federal de Incentivo ao Esporte
Viagem Internacional – Indonésia – 21/05 a 26/06/2024
A Indonésia, localizada no sudeste da Ásia, é um arquipélago que se estende do Oceano Índico ao Pacífico, conhecido por suas praias paradisíacas, rica fauna e flora, e diversidade cultural com influências de várias religiões. A Ilha de Bali é um local predileto de surfistas de todo o mundo.
SURFISTA 1: Anuar Chiah
O atleta Anuar, tinha como objetivo principal melhorar o desempenho para alcançar alta performance em ondas com volume e pressão, diferentes das que temos no Brasil. Os treinos na Indonésia, iriam ajudar no seu preparo físico. O treinamento do surfista no Brasil, consistia em sessões no mar de 2 a 3 horas por dia em ondas brasileiras, complementado com treinos funcionais elaborados pela Confederação Brasileira de Surf, visando a evolução da alta performance dentro do mar. O atleta já possuia uma capacidade técnica aprimorada em relação ao surf de alta performance, mas busca, a cada novo treino, alcançar o ápice para sua idade. Seu foco durante a viagem era treinar muito fora e dentro da água, com vídeo-análises para correção, buscando alcançar maior capacidade física e evolução nos critérios técnicos dentro do mar.
Durante a viagem à Indonésia, o atleta teve a oportunidade de explorar diversas praias e melhorar suas habilidades no surf. Frequentou as praias de Desert Point, Uluwatu, Bingin e Nyang Nyang. Entre essas, Desert Point se destacou como a melhor, pois, em sua opinião, essa é a melhor do mundo. Pegou dias incríveis e altos tubos que proporcionaram momentos inesquecíveis. Praticava o surf todos os dias, aproveitando ao máximo cada oportunidade que as ondas da Indonésia ofereciam.
Para se adaptar às condições específicas da Indonésia, treinava em todas as condições possíveis, e com o tempo, foi se adaptando cada vez mais. Essa experiência não só contribuiu para o seu desenvolvimento como surfista, mas também o ajudou a evoluir muito como pessoa. Durante a viagem, além de se divertir bastante, conseguiu pegar altos tubos, o que foi essencial para o seu crescimento no esporte.
A interação com os surfistas locais e a comunidade indonésia foi muito boa. Fez amizades com os locais, e relatou que a comunidade é muito bonita e acolhedora. Um aspecto da cultura que o impressionou, foi o fato de que as pessoas locais não usavam talheres; eles comem com as mãos, o que é um costume bastante diferente do que temos no Brasil. Além disso, teve a oportunidade de participar de algumas tradições locais, como a dança do fogo e a observação dos macacos, o que enriqueceu ainda mais sua experiência cultural.
Para o surfista de 17 anos, o momento mais memorável foi em Desert, onde fez o melhor tubo de sua vida. O atleta relata que se pudesse repetir a experiência iria passar mais tempo nessa praia, pois as ondas de lá são incríveis.
A viagem ampliou sua visão sobre o surf e sua vida, as lições que leva dessa viagem para sua carreira e vida pessoal foram de grande valor.
SURFISTA 2: Luara Mandelli
Luara, uma surfista regular que mora em Matinhos, Paraná, onde as ondas predominantemente quebram para a direita, estava em busca de aprimorar sua performance e nível técnico em ondas que quebram para a esquerda. Como as ondas em Matinhos favorecem o surf de frente para a onda (frontside), a ida à Indonésia tinha como principal objetivo desenvolver suas habilidades no surf de costas para a onda (backside), especialmente em Bali, onde as condições são ideais para esse tipo de treinamento.
Antes da viagem, Luara já mantinha uma rotina intensa de treino, surfando de 4 a 5 horas por dia e dedicando de uma a duas horas ao treinamento físico, seguindo um programa desenvolvido por sua treinadora do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Essa combinação de treinos visava não apenas a manutenção de sua forma física, mas também a evolução técnica necessária para encarar ondas com fundo de coral, características das praias em Bali.
Em termos técnicos, Luara estava partindo de um nível onde o frontside já era bem desenvolvido devido às condições naturais de Matinhos. No entanto, o surf de backside ainda precisava de aprimoramento, pois as ondas em Matinhos não ofereciam muitas oportunidades para praticar esse estilo. Com isso, a viagem à Indonésia foi planejada para expor Luara a ondas que quebram para a esquerda, permitindo-lhe desenvolver habilidades que não poderia aperfeiçoar em seu local habitual de treino.
Durante a viagem, Luara manteve sua rotina de surf diário, complementada por sessões de vídeo análise. Essas análises eram cruciais, pois permitiam a correção e o aprimoramento técnico em tempo real, com base nas filmagens feitas durante os treinos. Essa abordagem visava garantir que Luara evoluísse significativamente em sua capacidade de surfar de costas para a onda, melhorando sua performance em condições que anteriormente não estavam ao seu alcance.
Assim, a viagem para Bali não foi apenas uma oportunidade para surfar em novas ondas, mas um passo estratégico na evolução de Luara como surfista, permitindo-lhe enfrentar desafios técnicos específicos e aprimorar sua performance de maneira direcionada e eficaz.
Durante a viagem à Indonésia, a atleta visitou várias praias ao redor da ilha de Bali, incluindo Uluwatu, Desert Point, Canggu, Bingin e Keramas. Cada uma dessas praias oferecia uma qualidade única para o surf, como em Uluwatu, onde ela pôde treinar a linha na esquerda, e em Keramas, onde desfrutou de tubos para a direita. Em Desert Point, as ondas para a esquerda, com fundo de coral, foram desafiadoras e consideradas especiais por sua força e intensidade.
Luara praticou surf todos os dias, exceto por três durante todo o projeto, mostrando uma dedicação constante ao treinamento. A preparação física foi adaptada às exigências da Indonésia, com treinos realizados fora da água, com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O local onde ficaram hospedados também oferecia uma academia, o que permitiu manter o preparo físico para enfrentar a alta intensidade do surf diariamente.
A experiência na Indonésia contribuiu significativamente para o desenvolvimento da atleta como surfista. Ela retornou mais confiante em seu surf, especialmente para ondas de esquerda, com fundo de coral, e em condições de ondas grandes e fortes. Além disso, a viagem proporcionou a oportunidade de aprimorar seu inglês e mergulhar na cultura balinesa.
A interação com os surfistas locais e a comunidade indonésia foi uma parte importante da experiência. Em Desert Point, Luara observou uma cultura marcada pela simplicidade, onde as crianças pescam seu próprio alimento e surfam com pranchas doadas por turistas. Já em Uluwatu, teve a oportunidade de visitar templos sagrados e locais turísticos, aprofundando seu conhecimento sobre a cultura local. A simplicidade das famílias em Desert, que dependem da agricultura, pesca e turismo, foi especialmente impactante e inspiradora.
Se pudesse repetir a experiência, a atleta não mudaria nada. Ela expressou um desejo de retornar e aprofundar ainda mais seu contato com a cultura que tão bem a acolheu. A viagem consolidou sua convicção de que o surf é a escolha certa, tanto como esporte quanto como profissão, permitindo-lhe explorar novas culturas, fazer novos amigos e conhecer novos lugares e ondas.
As lições levadas dessa viagem reforçam a especialidade do surf, não apenas como um esporte, mas como uma oportunidade de vivenciar experiências únicas, surfar ondas perfeitas e descobrir novos mundos. Para a atleta, o surf provou ser uma força transformadora, capaz de mudar vidas e proporcionar uma conexão profunda com a natureza e com outras culturas.
SURFISTA 3: Ryan Coelho
Durante a preparação para a viagem à Indonésia, foram identificados vários pontos físicos que poderiam ser aprimorados no atleta Ryan. Entre eles, estavam a capacidade cardiorrespiratória, a força, a flexibilidade e o equilíbrio. Esses aspectos são essenciais para alcançar um desempenho de alto nível, especialmente em condições de surf mais desafiadoras. Antes da viagem, o atleta mantinha uma rotina de treinos intensos no mar do Brasil, com sessões diárias de 2 a 3 horas. As ondas brasileiras, em sua maioria pequenas e medianas, com pouca energia e fundo de areia, eram a base desse treinamento. Na Indonésia, o cenário seria bastante diferente. O atleta passaria a treinar em dois períodos, manhã e tarde, totalizando 6 horas diárias em ondas medianas, grandes e até gigantes, com fundo de coral. Essas condições adversas e desafiadoras, além de intensificarem o treinamento físico, também exigiriam um desenvolvimento mental significativo.
Tecnicamente, o ponto de partida era um nível já bom, mas havia espaço para evolução. A cada hora de exposição a treinos em condições variadas, principalmente em ondas grandes e com fundo de coral, o atleta desenvolveria de forma global tanto os aspectos físicos quanto os mentais. Isso incluiria o aprimoramento do condicionamento físico, a coragem necessária para enfrentar as ondas mais desafiadoras e a competitividade em padrões de ondas de nível mundial e olímpico.
Para garantir que esse desenvolvimento ocorresse, o plano de treinamento durante a viagem focava principalmente no tempo dentro da água. Como a Indonésia oferece algumas das melhores condições de ondas do mundo, cerca de 80% do treino seria dedicado ao surf, com captação de imagens para posteriores vídeo análises comparativas. Essas análises seriam fundamentais para identificar e melhorar os padrões técnicos atuais do atleta. Além disso, o plano incluía trabalhos de recuperação físico-muscular e de correção fora da água, complementando o treinamento e assegurando que o atleta estivesse em sua melhor forma física e mental para enfrentar os desafios do surf em alto nível.
Durante sua viagem à Indonésia, o atleta frequentou diversas praias para praticar surf, incluindo Uluwatu, Padang Padang, Bingin, Impossibles, Nyang Nyang, Canggu, Pererenan, Kuta e Keramas na Ilha de Bali, além de Desert Point na Ilha de Lombok.
A melhor onda surfada durante a viagem foi em Desert Point, considerada uma das ondas mais perfeitas e longas do mundo. O atleta destacou que surfou três tubos incríveis em uma única onda, o que fez dessa experiência algo particularmente especial.
O atleta praticava surf praticamente todos os dias durante a viagem.
Seu treinamento foi adaptado para as condições específicas da Indonésia com algumas modificações na intensidade e frequência. Com a disponibilidade de ondas quase todos os dias, o atleta reduziu a carga dos exercícios de força e priorizou mais o surf, além de exercícios de mobilidade e recuperação entre e após as sessões. Nos dias com menos ondas, ele alternava com o trabalho de força.
A experiência na Indonésia contribuiu significativamente para o desenvolvimento do atleta como surfista. Embora seja difícil mensurar a evolução específica, a oportunidade de surfar e treinar nas melhores ondas do mundo por mais de um mês trouxe uma evolução incrível. As ondas na Indonésia são muito semelhantes às do circuito mundial profissional, proporcionando um ambiente excelente para treinamento e evolução.
A interação com os surfistas locais e a comunidade indonésia foi enriquecedora. Ryan teve a chance de surfar com atletas locais todos os dias, que são considerados os melhores em condições de fundo de coral e ondas tubulares. Observar e competir com eles elevou seu nível como atleta.
O atleta também teve a oportunidade de aprender sobre os costumes locais, especialmente a prática diária de adorar diferentes deuses com oferendas, incluindo acordar, orar e ofertar diariamente.
Se pudesse repetir a experiência, o atleta faria quase tudo igual, mas procuraria aprender mais do idioma local e adaptaria seus equipamentos para performar ainda melhor em ondas maiores e mais fortes.
Essa experiência influenciou a visão do atleta sobre o surf e a vida, mostrando que mesmo com um bom nível de performance, viajar e vivenciar diferentes condições e culturas pode levar a uma revisão dos padrões de treinamento e performance. A viagem proporcionou uma visão mais ampla do mundo.
As lições levadas dessa viagem para a carreira e vida pessoal incluem o sentimento de gratidão por poder viver e aprender, a importância de acreditar, respeitar e se dedicar mais, e a compreensão de que tudo é possível um degrau de cada vez, conforme a velocidade de Deus – concluiu Ryan.
1ª ETAPA – Circuito de Base – Porto de Galinhas – CE – 18/04 a 21/04/2024
SURFISTA 1: Anuar Chiah
SURFISTA 2: Luara Mandelli
SURFISTA 3: Ryan Coelho
RESULTADOS:
SUB 18 Masculino – Anuar Chiah – 1º colocado
SUB 18 Feminino – Luara Mandelli – 2º colocado
SUB 18 Masculino – Ryan Coelho – 19º colocado
A primeira etapa do Circuito Brasileiro de Base, aconteceu na praia do Borete, em Porto de Galinhas. O tempo estava ensolarado e o mar com ondas lindas e rápidas, o cenário proporcionou condições ideais para o surfe.
SURFISTA 1: Anuar Chiah
Na categoria SUB 18 masculino, o surfista Anuar Chiah aproveitou ao máximo e conseguiu realizar manobras com boas batidas, garantindo sua classificação. A final foi extremamente desafiadora, com Anuar competindo contra o favorito. A escolha da onda foi decisiva, no último minuto da bateria, pegou a onda perfeita e conseguiu executar cinco manobras seguidas, finalizando com um áreo bem alto e ousado, que garantiu sua vitória em primeiro lugar.
Relato do atleta: “Estou muito feliz, bateria muito disputada, três surfistas que surfam muito bem, muito feliz de ter ganhado aqui em Porto de Galinhas, gosto muito dessa onda. Essa vitória vai para a minha mãe que está em casa assistindo.” celebrou o campeão Anuar Chiah.
SURFISTA 2: Luara Mandelli
Na SUB 18 feminino, a surfista Luara Mandelli era uma das favoritas, apesar de jovem, usou sua experiência adquirida nesse último ano na seleção brasileira junior para aproveitar ao máximo as pequenas e difíceis ondas nesse momento do mar. Com sua manobra cavada fluida, conquistou sua classificação. A final foi bem emocionante, Luara aproveitou todas as ondas, tanto as das direitas quanto as das esquerdas, até o último minuto da bateria. Em sua última onda fez uma manobra muito radical, chamada batida de Front side (de frente com a onda) e garantiu o segundo lugar do campeonato.
Declaração de Luara: “Foram maratonas de baterias, feliz com o surf que apresentei em todas as fases, na final infelizmente a onda boa não veio. Mas sigo feliz com o meu resultado e acreditando nos propósitos que Deus tem para mim”.
SURFISTA 3: Ryan Coelho
O surfista Ryan competiu na categoria SUB 18 masculina, mesmo enfrentando uma lesão na coluna. Com determinação, ele persistiu e começou bem, avançando por duas fases eliminatórias. No entanto, a lesão acabou agravando seu estado, e Ryan passou mal, o que o impediu de se classificar para a semifinal.
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